Agora, que estamos a chegar ao final de outra etapa de vida, surge a pergunta: "Então o que se segue?". Resposta deveras difícil e demorada, e que muitas outras perguntas trás consigo:"Para onde? Fazer o quê? E com que dinheiro".
Bem, para algumas perguntas a reposta não depende de uma mera decisão pessoal mas, "para onde?" , basta ponderar o ambiente que maior evolução profissional nos vai proporcional - por exemplo um ambiente de Música Antiga oferece-me a possibilidade de tocar e estudar com pessoas que se dedicam a esta Era de séculos atrás.
"Com que dinheiro?", bem, tendo em conta que as nossas finanças de humildes estudantes de música, com alguns biscates não são suficientes, temos que contar com os nossos eternos admiradores e apoiantes, os pais (falo por mim é claro!! Que sorte!!). Os apoios são sempre bem-vindos, mas vá-se lá saber quem é que se junta à causa.
Por fim surge a pergunta mais importante e que alguma polémica levanta - "Fazer o quê?". Vamos então por partes: estudar para a Europa, ou estrangeiro de forma geral, é certo; mas a que graduação concorrer? Tendo em conta que estou a terminar licenciatura seria previsto prosseguir e fazer mestrado ou pós-graduação, no entanto, a realidade dita pela minha tutora é a seguinte: " Apesar de ser incompreensível acabar aqui uma licenciatura em música e, agora com o processo de Bolonha, ir fazer outra lá fora, a verdade é que o nível que aqui se tem e o nível exigido lá fora não são compatíveis". Mas afinal onde está o problema? Que se passa por cá? Será problema nosso, estudantes, ou dos pedagogos, ou o facto de não termos a concorrência suficiente e por isso nos contentamos com o pouco ou o básico?
GERAÇÃO PRESENTE de estudantes de música, cabe-nos a nós fazer com que esta situação não seja tão notória. Vamos dar o nosso melhor, ou ainda, dar tudo o que temos de nós. Não acredito sermos menos que os outros, mas talvez nos falte a confiança e acreditar que conseguimos. Vamos dar à nossa arte a qualidade que ela realmente merece e mostrar que não é preciso ir lá fora para confirmar que a praticamos com qualidade cá dentro.Ir para o estrangeiro para procurar os melhores e fazer de nós os melhores? Sim, mas dar aos nossos o melhor do que possuímos.